sem chuva

Pelo menos nove cidades da região enfrentam problemas com a estiagem

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Foto: Defesa Civil (Divulgação)
Pouca chuva afeta o interior de Nova Palma

A falta de chuva já começa a afetar a rotina de moradores da Região Central, principalmente na zona rural, seja pela falta d'água potável ou por prejuízos na agricultura. Até agora, apenas São Gabriel e Agudo já decretaram situação de emergência por causa da estiagem, mas pelo menos outras sete cidades já entraram em contato com a Defesa Civil e sinalizaram a possibilidade de decretação nos próximos dias. 

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Conforme o tenente-coronel Jacob Aristeu Pinton, chefe da 3ª Coordenadoria Regional de Proteção de Defesa Civil (CREPDEC), que abrange 53 municípios da Região Central, durante a semana, equipes da Defesa Civil estão visitando vários municípios e assessorando as prefeituras na elaboração dos decretos.

- Até sexta ou segunda algumas cidades terão todos os documentos para a decretação. Nós tivemos um caso de dificuldade de abastecimento em Nova Palma, onde estamos levando um reservatório de água móvel para fazer o abastecimento nas comunidades mais afetadas - destaca Pinton.

CIDADES AFETADAS

  • Agudo
  • Faxinal do Soturno
  • Júlio de Castilhos
  • Nova Palma
  • Restinga Sêca
  • Santa Maria
  • São Gabriel
  • São Martinho da Serra
  • Toropi

Nesses locais, há prejuízos consideráveis em lavouras de arroz, soja e milho. Além disso, são registradas perdas na bovinocultura de corte, com danos das pastagens e diminuição de peso do gado. A seca tem reflexo também na economia dos municípios, com aumento dos custos e diminuição do consumo.

Em Restinga Sêca, segundo o prefeito Paulo Ricardo Salerno ocorreram perdas de 80% nas lavouras de milho, 25% das lavouras de soja e 5% das lavouras de arroz. Também 5% do fumo foram prejudicados na sua qualidade devido ao extremo calor que vem fazendo em todo o Estado. 

Em Júlio de Castilhos, de acordo com dados da prefeitura, as perdas estimadas de soja chegam a 35%, totalizando cerca de R$ 136 milhões - vale lembrar que o município é o terceiro maior produtor de soja do Sul do país. No milho, os prejuízos já são de 75%, em valor estimado de R$ 6,7 milhões.

Os municípios de São Gabriel e Agudo decretaram situação de emergência nesta quinta-feira. Em São Gabriel, decreto foi assinado pela prefeita em exercício Karen Lannes na manhã desta quinta-feira. Caminhões-pipas do Exército estão distribuindo água nesta quinta para moradores do Assentamento Conquista do Caiboaté. Na sexta-feira, serão assistidas as comunidades do Cristo Rei e Novo Rumo. No interior de Agudo, há falta de água para o consumo humano e animal, com córregos e sangas desaparecendo. São registrados prejuízos nas culturas de soja, tabaco, milho, feijão e arroz e também nos setores de gado leiteiro, gado de corte, todas essas culturas com redução na produtividade e até mesmo perda total em algumas lavouras.

REUNIÃO
Foi descartada, ao menos por enquanto, a possibilidade de todos os municípios gaúchos decretarem situação de emergência em conjunto, assim como aconteceu na seca de 2012. A decisão foi tomada nesta quinta, em reunião na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em Porto Alegre.

Com isso, cada cidade irá avaliar os prejuízos causados pela estiagem de forma de forma individual. Entretanto, não está descartada a possibilidade de uma reavaliação na decisão. 

- Na próxima segunda, a Famurs, em conjunto com outras entidades, vão se reunir para emitir um documento para ser enviado ao governo do Estado e Federal pedindo auxilio. Não é um decreto de emergência. Em relação a isso, em um primeiro momento, os municípios vão decidir de forma individual - afirma o presidente da Associação dos Municípios da Região Centro, Paulo Salerno.

*Colaborou Janaína Wille

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